quarta-feira, 20 de maio de 2015
LIDO
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E que diz a isto tudo o Presidente Cavaco Silva, que referiu o estudo do Instituto de Estudos Sociais nos seus últimos Roteiros do Futuro, intitulados Portugal e os Jovens — Novos rumos, Outra esperança? Declarou em bom politiquês que “é fundamental desenvolver uma estratégia vocacionada para a criação de emprego qualificado e para a credibilização das instituições e seus protagonistas”. E sobre a apatia cívica dos jovens: “De uma vez por todas, é imperioso ter consciência da gravidade deste fenómeno e da necessidade premente de agir”. Lê-se e não se acredita. Pois não está ele numa instituição e não é ele protagonista? E não esteve ele em instituições e não foi ele protagonista? Cavaco Silva está na política há mais de 35 anos (foi ministro das Finanças em 1980 e 1981, primeiro-ministro de 1985 a 1995 e Presidente da República de 2006 até hoje), mas só agora vê premência de agir. O regime caiu no abismo da indiferença, por vezes da aversão, por parte dos cidadãos que nasceram no seu tempo político. Não perceberá que simboliza melhor que ninguém uma democracia em desagregação?
Carlos Fiolhais, in Público
Cá para mim, Cavaco Silva já não sabe conduzir o velho Citröen em que "viajou" para a Figueira da Foz e que deve jazer como relíquia na sua Casa da Coelha.
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2 comentários:
Há muitos anos que o homem não conduz, é conduzido pelo motorista que pagamos.
Alto e pára o baile: Cavaco nunca foi "um" político. É apenas um cidadão comum que por acaso, sempre o acaso, exerceu cargos políticos de alta responsabilidade, sem que para isso tivesse que mexer um dedo. Foi sempre por pedido da dona Maria à Senhora de Fátima, que ele não foi ouvido nem achado. Aliás, como bem se sabe, ele detesta os políticos. Como, por exemplo, os seus amigos de peito Dias Loureiro de Lima Duarte, entre outros.
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