Cancela baixa médica para poder pagar IMI
Estado recusa subsídio a operário que tem um cardiodesfibrilhador.
Por Cátia Vicente
Rui Maia, de 36 anos, de Póvoa do Bispo, Cantanhede, sofre de problemas cardíacos, urológicos e de coluna. Foi obrigado a cancelar a baixa médica e voltar ao trabalho porque a Segurança Social (SS) não lhe atribuiu subsídio de doença. "Tenho noção de que estou a colocar a minha vida em risco, mas não tenho alternativa", diz emocionado. Rui Maia, que trabalha na construção civil, tem implantado um cardiodesfibrilhador desde fevereiro. Com dois filhos, de dois e nove anos, está sem rendimentos há seis meses. A família sobrevive com o ordenado da mulher de Rui (600 euros) e com o apoio de familiares. Quando Rui teve de pagar o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), sentiu que era "a gota de água" e decidiu, contra a vontade dos médicos, voltar ao trabalho. O "inferno" começou em novembro de 2014. O estado de saúde agravou-se, Rui entrou de baixa médica e pediu subsídio de doença à SS, mas foi-lhe negado por ter contribuições em atraso. Na Loja do Cidadão de Cantanhede informaram- -lhe que, "se no prazo de 90 dias, pagasse o valor devido, receberia o subsídio". Pediu dinheiro emprestado e pagou mais de mil euros. Agora, em carta enviada a Rui Maia, a SS confirma que os valores estão regularizados, mas que como não estavam quando entrou de baixa, não tem direito a subsídio de doença.
In Correio da Manhã
A ser verdadeira, a notícia não me merece comentários. Melhor: diria que este país está uma merda vergonhosa.
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