segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

O PPD no seu "melhor"

Já ninguém tem dúvidas que o PPD, sobretudo este PPD de Passos Coelho, atropela, quando lhe convém, os princípios mais elementares do relacionamento com as outras forças políticas, sejam elas outros partidos ou parceiros sociais. E que quando precisa de pôr em prática qualquer ideia cretina serve-se da sua “Jota” para a anunciar. No final da semana passada esqueceu-se, ou talvez não, que não tem maioria absoluta no Parlamento, o que o obrigou a fazer uma coligação com o CDS/PP. É verdade que o CDS/PP, sobretudo Paulo Portas, vai “engolindo sapos vivos”, como contrapartida de continuar sentado à mesa do poder. Mas a desconsideração tem limites. Se não tem para Portas, tem para outros dirigentes e deputados daquele partido.
Foi uma vergonha o que se passou no Parlamento com a proposta da realização dum referendo sobre adopção e co-adopção por casais homossexuais. Sem darem “cavaco” ao parceiro da coligação levaram avante a proposta de referendo, como que a desafia-los a tomarem uma posição. Os deputados do CDS/PP responderam que o assunto não é deles e por isso não iam decidir nada; iam abster-se. E assim fizeram. Mas pior, muito pior, foi o terem submetido os seus deputados à disciplina partidária, “obrigando-os” a votar a favor, sabendo que alguns deles, em consciência, votariam contra – um atentado à dignidade da pessoa e ao cargo de deputado da nação.
Entretanto, foram muitas as críticas feitas ao PPD por esta acção política, nomeadamente da parte de algumas figuras ditas notáveis do partido, entre as quais Marques Mendes que a classificou entre outras coisas de golpada. Também se gerou polémica dentro do grupo parlamentar, com muitos deputados a mostrarem publicamente o seu descontentamento, anunciando declaração de voto. Enfim; é o PPD no seu “melhor”.


1 comentário:

500 disse...

O líder da JSD (que idade tem o rapaz?) ainda vai ser primeiro-ministro, está visto.
As declarações de voto dos psd não me convencem. Faltaram-lhes tomates.