Para
que servem as comissões parlamentares de inquérito? É uma pergunta que nos
últimos dias anda no ar. E porquê? Porque as conclusões a que chegam no final
do seu trabalho dependem muito dos interesses da maioria conjuntural do
momento. O exemplo mais gritante são as várias comissões de inquérito sobre o
acidente de Camarate. As que decorreram com maiorias absolutas da direita, de
coligação ou de um só partido, neste caso do PPD, concluíram “Crime”; as que
decorreram com maiorias de esquerda no Parlamento, concluíram “Acidente”.
Melhor exemplo é difícil de encontrar. Mais recentemente, temos o exemplo da
comissão de inquérito ao caso “Swaps”. As conclusões aprovadas, apenas com os
votos da maioria, envergonham o Parlamento e o cargo de deputado. Todo o
Portugal viu ou pôde ver a ministra das Finanças – Miss Swaps – a mentir
descaradamente. Toda a gente sabe que a dita assinou, enquanto gestora de uma
empresa pública, contratos swaps. Pois, as tais conclusões dão-na como “imaculada”.
Que vergonha. Não desprestigiem mais o Parlamento! Acabem com as comissões de
inquérito, enquanto tivermos este tipo de deputados.
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