Ontem e hoje foi notícia, com relevo, em diversos
órgãos da Comunicação Social o caso duma cidadã portuguesa da zona da Grande
Lisboa que esteve dois anos para que ser submetida a uma colonoscopia com o
objectivo de confirmar, ou não, ter cancro no intestino, após um exame mais
primário ter dado o alarme. Infelizmente para ela, o alarme não era falso. Tem
mesmo cancro e, de tal maneira já evoluído que não é operável. Ao que chegou o
SNS! O SNS era provavelmente, até à entrada em funções deste desgraçado
governo, o sector da vida portuguesa que mais tinha evoluído. Pois bem, a
partir do momento em que passou a ser gerido por um ex-banqueiro ligado às seguradoras de saúde, que pode ser um grande
gestor e bom combatente da alta corrupção e dos gastos supérfluos que havia e
ainda há no Serviço, mas cujo primeiro objectivo é aliviar o Orçamento do
Estado, porque assim lhe foi pedido (ou
imposto?), o SNS não só regrediu, como está a ser destruído. E a grande
velocidade. Se nada for feito, vamos voltar aos piores tempos do Estado Novo,
em que só tem direito a tratar-se quem tem dinheiro para o fazer. Os outros…,
Morrem! Talvez assim se diminua a esperança de vida e, com isso, se diminua o
valor das pensões de reforma. Até já estou a ver alguns “talibãs”, ditos
comentadores de assuntos económicos, a esfregar as mãos. Entre eles um tal Camilo
Lourenço, a quem, possuído de um ódio que brotava na sua expressão facial, ouvi
hoje dizer que é preciso cortar a despesa pública, “nem que seja a pontapé”. E
isto, num canal da RTP, que possivelmente lhe paga honorários chorudos com o
dinheiro dos nossos impostos. Até gostava de saber ao certo quanto lhe paga.
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