Jardim está, dia a dia, a perder o poder absoluto na
Madeira. E a prova disso foram os resultados eleitorais das últimas
autárquicas, impensável de acontecer há meia dúzia de anos atrás. Mas pior
(para ele, claro; melhor para a democracia), Jardim já perdeu o poder absoluto
no PPD/Madeira e só não caiu “abaixo do cavalo” nas últimas eleições internas
por 142 votos. Ora, Jardim tem dito que quer abandonar a liderança do partido,
mas claro quer lá pôr um capacho a quem possa dar ordens e, no fundo, continuar
a mandar. Acontece que tem um opositor de peso, precisamente o militante que o
afrontou nas últimas eleições internas e antigo Presidente da Câmara do Funchal
– Miguel Albuquerque. Então, veio à tona a veia ditadora de Jardim que, com
tiques de estalinista, quer liquidar politicamente Miguel Albuquerque,
expulsando-o do partido. Sabemos como Jardim manobra aquela gente, mas espero
que os titulares dos órgãos disciplinares do PPD/Madeira se lembrem que há leis
no país que os limita a “alinharem” em prepotências antidemocráticas.
Entretanto é bom que se diga que já vai sendo tempo de
os madeirenses tomarem consciência de que, como disse o próprio Miguel
Albuquerque, “o tempo primitivo da adoração de estátuas já não existe”.
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