Hoje não houve
e continua a não haver serviço noticioso – televisivo ou radiofónico – que não
comece com a notícia do previsível cumprimento do défice orçamental. E logo
aparecem membros do Governo ou dos partidos que o apoiam no Parlamento, a
cantar vitória, a falar de resultado histórico, e a anunciar um futuro radioso
para os portugueses. Só que os portugueses não se iludem pois sentem na pele a
desgraçada austeridade que os empobrece e continuam a ter que conviver com
filhos e outros familiares caídos no desemprego, a quem têm de deitar a mão.
Por isso, apesar da reles propaganda a que estamos a assistir, os portugueses
não se vão iludir. Sobretudo se a Oposição fizer o seu papel, denunciando que
não há de facto uma verdadeira consolidação orçamental e que só ficou, ou vai
ficar, abaixo da terceira meta
acordada com a troika (a inicialmente acordada era de 3%) porque lá vieram
outra vez receitas extraordinárias (sobretudo a chamada campanha do perdão
fiscal) e, para lá delas, a omissão das verbas injectadas no BANIF.
Entretanto, quero referir que já ouvi alguns elementos
do PS a denunciar esta propaganda, mas, quanto ao Tozé…, nada ouvi! É estranho,
não é, ou talvez não?
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