Ficamos hoje a saber que na Madeira, no lugar conhecido por Curral das Freiras, foi construída uma piscina anexa à escola básica cujo custo de construção chegou perto dos dois milhões e meio de euros. Não ponho em causa o direito das crianças daquela escola e todas as outras crianças daquela localidade a poderem usufruir dum equipamento desportivo de qualidade, mas parece-me uma exorbitância gastar tanto dinheiro, atendendo ao número de potenciais utentes e, sobretudo, tendo em conta o défice excessivo da Região Autónoma. Mas, muito pior que o custo final da obra, está em causa o desvio deste custo relativamente ao valor do contrato inicial de adjudicação da obra: à volta de meio milhão de euros - praticamente mais 25%. Como é possível! Diz o Tribunal de Contas que o desvio se deveu a revisões de preços e a contratos adicionais. E porquê? Porque a obra demorou 787 dias, em vez dos 360 inicialmente estabelecidos. Mais 14 meses que o programado. Quem responde por isto, ninguém? Não pode ser. Nós, os portugueses do Continente, que acabamos por pagar este regabofe à custa de perdemos salários e subsídios e de suportarmos mais impostos, não devemos ficar calados e temos o direito de exigir que se investigue até às últimas consequências se houve negligência ou má fé dos poderes públicos da Região.
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1 comentário:
Lá está o 4-pereiró a dar-lhe. Sabe como é: a obra demorou mais porque não há pessoal que queira trabalhar (está tudo a preparar o fim do ano, que é permanente, como se sabe); depois há sempre aquela sugestão do "já agora" vamos acrescentar mais este arabesco à coisa; ou esta côr não fica bem, vamos pintar com outra; acresce que o Alberto deve desconhecer (ou na Madeira não vigora?) que há multas para o não cumprimento dos prazos e há cauções e essas merdas. O Alberto não tem culpa nenhuma dessses desvios e desvarios. É a vida...
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