Está a ser discutida na Assembleia da República a proposta do Orçamento do Estado para 2012, como manda, aliás a nossa Constituição. No fim desta discussão, durante a qual podem ser alteradas partes da proposta, é a mesma votada e se for aprovada passará a constituir, de facto, o Orçamento do Estado para 2012.
Pois é, seria assim se a nossa democracia vivesse uma situação normal. Mas infelizmente não vive, tal como não vivem alguns países da Europa democrática. E, por isso, vimos hoje que quem manda é a Troika. Chegou, procurou saber se a execussão orçamental deste ano de 2011 está a ser cumprida e, de seguida, verificou se a proposta de orçamento para 2012 foi eleborada de acordo com as ordens que tinha deixado. Concluiu que sim e decretou: Não ha alterações. Discutam lá entre vocês, mas não alteram nem uma vírgula, oK? Ah, os dois subsídios (de férias e de Natal) são mesmo para tirar aos trabalhaderes do Estado e aos reformados, se não ..., não há dinheiro.
Afinal, não é o Parlamento que fiscaliza se o Governo está a governar bem ou mal. Não é o Parlamento que altera ou não e aprova o Orçamento. Então, quem é? Então, quem manda? Quem manda, é a Troika.
3 comentários:
Afinal, parece que a Troika também mandou dizer que os subsídios todos também eram para tirar aos trabalhadores.
...Do sector privado - entenda-se
O trio que nos tem acompanhado apenas faz o serviço que lhe encomendam. Aliás, nem percebo muito bem o porquê das suas deslocações, pois que todos os dados relevantes são enviados "a quem de direito". A não ser para justificar o pagamento de umas ajudas de custo, que a vida está má para todos. Proponho que o PR demita o governo, dissolva a AR e nomeie o dr. António Borges, que deu baixa no FMI (ou regressa ao Goldman Sachs?) como PM e tudo se resolverá. Também poderia ser suspensa a Constituição Portuguesa e pedíamos uma emprestada, por uns tempos.
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