Hoje o primeiro-ministro a propósito das pequenas alterações ao Orçamento do Estado que a maioria aprovou no Parlamento, no decorrer na discussão do mesmo na especialidade, e que estão relacionadas com os novos valores a partir dos quais vão incidir os cortes nas pensões e nos salários dos funcionários públicos, resolveu usar o seu habitual cinismo e dizer que o Governo ouviu as observações daqueles que falaram na falta de equidade na repartição dos sacrifícios. Mas, ouviu, como? Por acaso os cortes passaram a ser para todos? Por acaso os Administradores dos Bancos, por exemplo, que auferem vencimentos de dezenas de milhares de euros, vão ficar sem subsídio de férias e de Natal, tal como um reformado que aufere uma reforma de mil e cem euros? E os grandes patrões, que agora pressionam o Governo a aumentar o tempo de trabalho diário dos seus trabalhadores, também vão ter cortes nos subsídios? Claro que não. Ah, disse o primeiro-ministro que para dar as tais migalhas teve que aumentar as taxas liberatórias sobre o capital. Coitadinhos dos capitalistas, o que eles vão sofrer para ajudar os mais necessitados!
O primeiro-ministro só pode estar a brincar a brincar connosco.
1 comentário:
Sejamos claros: quem ganha 1110 euros mensais é milionário, logo, pode bem dispensar a mordomia de subsídios de férias e de Natal. E bem se sabe que quem tem rendimentos mensais da ordem dos 25 000 euros tem muitas despesas associadas ao seu trém de vida que não podem ser cortadas do pé para a mão.
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