O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho fartou-se de mentir aos portugueses e, irresponsavelmente, continua a mentir. Enquanto líder do maior partido da Oposição, reprovou o PEC IV porque tal plano ia pôr em prática medidas muito penelizadoras para os portugueses e causaria retracção da nossa economia. Na altura das negociações para a viabilização do Orçamento para 2011, Passos Coelho pediu desculpa aos portugueses por aceitar ligeiro aumento de impostos, já que tinha opinado ser contra qualquer aumento dos mesmos. Mexer no subsídio de Natal, nunca, Credo...; Agora Governo, já decidiu cortar-nos metede do subsídio de Natal deste ano, todo o subsídio dos anos de 2012 e 2013 e todo o subsídio de férias dos mesmos anos. Ah, sempre mostrou estar a par de toda a situação e gabava-se de ter pronta uma lista das gorduras do Estado a cortar e, por isso, não percebia o porquê do então governo não o fazer de imediato!
Quinta-feira, com enorme lata e descaramento, mas com um semblante que mais parecia ter-lhe morrido alguém de família, veio anunciar aos portugueses medidas duríssimas que, como disse o Bispo D. Januário Torgal Ferreira vão fazer com que muitos passem a ser escravos. São medidas que vão muito para lá do acordo celebrado com a Troika e que estão em discordância com a opinião Presidente da República e de alguns sectores do PPD e da Direita como, pasme-se, a baronesa Ferreira Leite. A recessão económica vai ser brutal, a miséria vai generalizar-se.
E o PS, o que vai fazer o PS? Não pode ficar calado. Tem que cerrar fileiras contra esta loucura, contra este atentado à dignidade de milhões de portugueses. O PS não tem que estar amarrado ao acordado com a Troika, se a prática dessas medidas mostram que são eradas, mas muito mais desamarrado está na medida em que as propostas do Governo vão muito para lá delas. Então, o PS não pode hesitar. O PS tem que votar contra o Orçamento e explicar aos portugueses o porquê da sua opção de voto. O PS não pode deixar a oposição ao Governo nas mãos do PCP e do Bloco de Esquerda. António José Seguro tem que mostrar que tem coragem para lutar ao lado dos portugueses contra este enorme ataque do neo-liberalismo. Se não tem, então dê lugar a outro. Sei, e tenho a certeza, que há socialistas com estofo e coragem para isso.
2 comentários:
O memorando com a troika é, em primeiro lugar, da responsabilidade do PS que então governava. Até às medidas acordadas, com alguns arranjos de última hora, bem explicitadas, o PS deve, por isso, dar o OK. O que extravaza o acordo, ou é bem fundamentado, ou não pode ter o beneplácito do PS. E o não do PS, se bem explicado, merecerá o acolhimento do grosso da população.
O PCP e o seu ornamento verde-melancia bem como o BE-louçãnista que votem favoravelmente o OE/2012, eles que se afadigaram em recusar o PEC IV do Pinto de Sousa.
Se tiverem espinha dorsal, devem votar sempre ao lado da maioria.
Por que não tentar renegociar o memorando, nomeadamente ao nível temporal do défice e das condições dos financiamentos? Ou será que a troika não está interessada em reaver o "seu"? Ou há outros interesses que nos escapam? Não podemos adormecer. Esta gente enganou o povo descaradamente. Esta é a mesma gente do BPN, do BPP, dos sobreiros, dos submarinos e quejandos. Esta é a gente que sabia do buraco da Madeira e que ainda agora tenta esconder da populaça.
Convenhamos: o Sócrates acordou tarde e a más horas, mas devbe estar a rir-se. Atrás de mim virá....
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