Já
ninguém tem dúvidas que o nosso desgraçado Governo usa e abusa do cinismo, a
começar pelo primeiro-ministro, que só não é o mais cínico de todos porque é
impossível ser mais cínico que Paulo Portas.
Nos
últimos dias temos ouvido os professores e os dirigentes dos seus sindicatos,
os pais e os dirigentes das associações que os representam, e muitas
autarquias, dizerem-se preocupados com o novo ano escolar. Entretanto o
primeiro-ministro, na véspera da abertura do ano lectivo, acompanhado do
ministro da Educação, foi inaugurar uma
escola já inaugurada há um ano (é estranho, não é?) e, entre outras
considerações e aldrabices, enalteceu o facto de o arranque escolar decorrer
sem os sobressaltos de outros tempos em que “não se sabia se os professores tinham
colocação e se as escolas estavam prontas”. Mas que grande safadeza! Só
pode estar a brincar com coisas sérias. Então não ficamos a saber só hoje, ou
seja, depois de o primeiro-ministro ter mandado aquelas “labecas”, que foram
colocados 5454 professores e que ainda faltam colocar cerca de 2000, que o
Governo mandou encerrar duas escolas dum agrupamento de escolas do concelho de
Guimarães com turmas já constituídas, que há professores que ainda não têm
acesso aos manuais escolares? Não dá para acreditar. Das duas, uma: Ou o primeiro-ministro
não se importa de mentir descaradamente aos seus concidadãos; ou não faz a mínima
ideia do estado em que está a Educação. Quem pode ter respeito por um
primeiro-ministro destes?
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