terça-feira, 24 de setembro de 2013

Consequência da falta de segurança?

Não há dúvida que, pelas piores razões, o futebol rivaliza com a política como fonte de notícias de factos polémicos que abrem telejornais, destaques de noticiários das rádios e títulos de primeira página dos jornais. Este fim-de-semana foi pródigo em matéria que deu pano para mangas à Comunicação Social. Vou apenas referir-me ao incidente que ocorreu em Guimarães, não porque tenha sido o pior – penso que houve um protagonizado por dirigentes, que nos mostra e continuará a mostrar que tipo de gente é aquela – mas porque, em meu entender, foi consequência da falta de segurança que agora há em muitos espectáculos desportivos.
Os clubes acham que não devem gastar dinheiro com a segurança dos jogos e, por isso, requisitam o mínimo de forças policiais ou não as requisitam. Depois, muita fé para que nada aconteça; e se acontecer…, logo se verá! Entretanto os dirigentes desportivos, para levarem avante a sua pretensão de não gastarem um tostão com o policiamento, conseguem que estes concordem cegamente com eles recorrendo à demagogia e aproveitando a sua paixão clubística: Polícia; para quê?  eu respondo: para que não sucedam as cenas violentas que na época passada aconteceram, precisamente naquele estádio, num jogo entre as equipas B do Guimarães e do Braga. É curioso, não é? Ah, e já há árbitros que se recusam a apitar jogos com falta de policiamento. Esta época, já houve mais do que um caso e, por acaso, eu estava presente num deles. E quando eu disse que compreendia o árbitro e que no lugar dele faria o mesmo…, ouvi das boas!
Quero todavia esclarecer que reprovo completamente a conduta de Jorge Jesus, provavelmente, como disse acima, consequência da falta de segurança, mas espero que o mesmo seja responsabilizado e punido por quem de direito, mas não na praça pública.   


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