Não
há dúvida que, pelas piores razões, o futebol rivaliza com a política como
fonte de notícias de factos polémicos que abrem telejornais, destaques de
noticiários das rádios e títulos de primeira página dos jornais. Este fim-de-semana
foi pródigo em matéria que deu pano para mangas à Comunicação Social. Vou
apenas referir-me ao incidente que ocorreu em Guimarães, não porque tenha sido
o pior – penso que houve um protagonizado por dirigentes, que nos mostra e
continuará a mostrar que tipo de gente é aquela – mas porque, em meu entender,
foi consequência da falta de segurança que agora há em muitos espectáculos
desportivos.
Os
clubes acham que não devem gastar dinheiro com a segurança dos jogos e, por
isso, requisitam o mínimo de forças policiais ou não as requisitam. Depois,
muita fé para que nada aconteça; e se acontecer…, logo se verá! Entretanto os
dirigentes desportivos, para levarem avante a sua pretensão de não gastarem um
tostão com o policiamento, conseguem que estes concordem cegamente com eles recorrendo
à demagogia e aproveitando a sua paixão clubística: Polícia; para quê? eu respondo: para que não sucedam as cenas
violentas que na época passada aconteceram,
precisamente naquele estádio, num jogo entre as equipas B do Guimarães e do
Braga. É curioso, não é? Ah, e já há árbitros que se recusam a apitar jogos com
falta de policiamento. Esta época, já houve mais do que um caso e, por acaso,
eu estava presente num deles. E quando eu disse que compreendia o árbitro e que
no lugar dele faria o mesmo…, ouvi das boas!
Quero
todavia esclarecer que reprovo completamente a conduta de Jorge Jesus,
provavelmente, como disse acima, consequência da falta de segurança, mas espero
que o mesmo seja responsabilizado e punido por quem de direito, mas não na praça
pública.
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