É
verdade que apenas conheço as propostas preconizadas no já famigerado relatório
do FMI, pelo que ouvi e li na Comunicação Social. No entanto isso chega-me para
dizer que não tenho palavras para o qualificar, a não ser que profira insultos
e injúrias para quem o fez, tal são as medidas cretinas que, a serem implementadas,
o que não acredito, iriam conduzir o nosso país em termos económicos e
sobretudo sociais à desgraçada vida dos anos sessenta. E digo sessenta, porque
com o desaparecimento político de Salazar o Estado Novo começou a fazer algumas
reformas (embora ténues) em termos de Segurança Social e Ensino.
Mas
pior e mais cretino que as medidas foi a forma como o Secretário de estado
Carlos Moedas as comentou em conferência de imprensa. A indignação foi tal que
até um dirigente de Lisboa do partido PPD pediu a sua demissão. Mas já sabemos
que dignidade é coisa que a maior parte destes governantes não têm, a começar
pelo primeiro-ministro, a quem a maior parte dos portugueses já perdeu o
respeito. E do Presidente da República nada podemos esperar. Continua a ver
passar navios em Belém, politicamente ausente. Aparece apenas de vez em quando
e, quase sempre, para dizer asneiras. Que triste sorte a nossa!
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