Tendo
em conta a forte contestação que se gerou à volta da já célebre proposta do FMI
para a reforma do Estado, o Governo e os partidos da coligação que o sustenta,
resolveram começar a deitar poeira para os olhos dos portugueses, pensando, como
sempre, que os portugueses são parvos. Puro engano. Os portugueses até já sabem
que o dito documento foi encomenda do Moedas, em nome e em representação do
executivo.
De
entre as tais manobras de diversão, o Governo informou o país que a proposta do
FMI serviria de documento de trabalho para discussão pública. Daí o
primeiro-ministro ter encarregado uma ex-dirigente do PPD de organizar uma
conferência sobre a reforma do Estado, de modo a mobilizar a sociedade civil
para o tema. Pois bem, a conferência foi pouco ou nada pública. Não só porque os
participantes não entraram livremente (foram todos escolhidos por convite), mas
também porque a informação do que lá se passou não pôde ser dada livremente.
Provavelmente com medo que “saltasse a tampa” a algum dos convidados, que o
levasse a dizer coisas que a organização não queria que fossem divulgadas, os
jornalistas foram informados que não eram livres de divulgar o que lá se passasse.
Ou seja: naquela conferência não havia
liberdade de imprensa. Ora: Se a
sessão foi pública e não houve liberdade de informar, só podemos concluir que houve censura. Intolerável num Estado
de Direito Democrático.
Com
esta maldita política que nos está a ser imposta por este desgraçado governo, o
nosso país está a empobrecer; o desemprego a aumentar; a educação e a saúde não
serão para todos; a Segurança Social apenas servirá para pagar reformas de
miséria. Só nos falta, realmente, a censura para nos compararmos aos piores
tempos do Estado Novo. Mas, com este exemplo…, estaremos quase lá? Provavelmente
não, porque o povo não vai deixar.
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