Hoje,
ao ouvir a notícia da condenação do maestro Miguel Graça Moura – cinco anos de
prisão, com pena suspensa,
lembrei-me logo do coitado do sem abrigo que foi apanhado a furtar uns
chocolates (que nem sequer chegou a comer um pedacito!) e a quem a
justiça, ou sobretudo as autoridades de investigação, quiseram a todo o custo
dar um castigo exemplar. Ah, e os custos que todas as diligências nesse sentido
trouxeram aos cofres do Estado.
Pois
bem, não conheço o maestro Graça Moura, nem tenho nada contra ou a favor do
senhor. Só agora, com as notícias da acusação dos crimes porque foi julgado,
fiquei com a ideia de que é um indivíduo petulante, algo arrogante e com a
mania de que é um tipo importante.
Agora, o que não entendo é que tendo o tribunal concluído que o senhor maestro cometeu crimes de peculato e
falsificação de documentos, que prejudicaram o Estado em perto de 800 mil euros
o tenha punido em “andar cinco anos preocupado em ser bom rapaz”, mas instalado
na sua boa casa e não num estabelecimento prisional, como queriam fazer ao sem
abrigo, que prejudicou o alheio em pouco mais de quinze euros.
É
a justiça que temos – para pobres e para ricos, não é?
Sem comentários:
Enviar um comentário