Entre
os muitos disparates que o relatório do FMI tem, um deles refere que é preciso
dispensar cinquenta mil professores. Gostava de perguntar ao inteligente(?) que
concluiu esta medida, que critérios utilizou, já que o número referido deve
rondar um quarto dos professores que leccionam no ensino público. Como era
possível fazer tamanho rombo nas escolas públicas? Diminuíam à carga horária
das diferentes disciplinas? As turmas passavam a ter 50 alunos?! E não só.
Naturalmente que a medida atingiria professores com muitos anos de actividade e
com idades de difícil acesso a outra profissão ou actividade. Que país é este
que põe a hipótese de mandar para o desemprego cinquenta mil cidadãos muito qualificados?
Os professores não têm a licenciatura do senhor Relvas, são mesmo
licenciados e com vários cursos profissionais e acções de formação.
Mas,
perante tal ataque aos professores, onde está Mário Nogueira e os outros líderes
dos sindicatos e associações profissionais? Maria de Lurdes Rodrigues, que em
meu entender foi uma boa ministra da Educação, foi confrontada com enorme contestação
por ter posto em prática um sistema de avaliação de desempenho de professores.
E agora que o Governo quer pôr na rua quase um quarto dos professores, não se
ouve um queixume. Porquê; não é estranho?
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