A
UGT e particularmente o seu Secretário-Geral João Proença sujeitaram-se às mais
contundentes críticas dos diversos sectores da sociedade portuguesa, sindicais
e outras, pelo facto de ter assinado um acordo de concertação social numa
altura difícil, com muitos trabalhadores a caminho do desemprego e com muita
gente a cair na pobreza.
Pois
bem, de entre muitas outras coisas negociadas e aprovadas, a UGT conseguiu com
que o número de dias de indemnização por despedimento reduzisse para vinte e
não para doze como o Governo queria. É evidente que, em contrapartida, teve que
deixar cair outras reivindicações.
Na
sua mensagem de Ano Novo o Presidente da República veio chamar a atenção para a
necessidade em haver diálogo entre forças políticas, parceiros sociais e outras
entidades. Porém, o Governo, se calhar arreliado com o teor da mensagem de
Cavaco Silva, e com vontade de lhe fazer de imediato uma afronta em jeito de
vingança, entrega na Assembleia da República uma proposta de lei que, faltando
à palavra dada, dá o acordado por não acordado e pretende voltar aos doze dias
de indemnização. A isto, meus amigos, chama-se trapaça. Atitudes destas são próprias
de gente sem palavra com quem não se pode negociar. Espero que João Proença e a
UGT tenham aprendido a lição e não mais negoceiem com este tipo de gente que,
desgraçadamente, nos governa. Até quando?
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