As comemorações oficiais decorreram, como é habitual, nos Paços do Concelho da Câmara Municipal de Lisboa, local onde foi solenemente proclamada.
Acompanhei a cerimónia desta celebração de hoje pela RTP e ouvi atentamente os três discursos que foram feitos: O discurso da jovem Ana Lídia, que há um ano ganhou com aquele texto o concurso do Centenário da República; o discurso de António Costa, Presidente da Câmara Municipal de Lisoa; e o discurso de S Exa O Venerando Chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva. Não foi esta a Ordem dos discursos, mas é esta a minha ordem de qualidade dos mesmos.
Gostei do discurso da jovem Ana Lídia que realçou os valores republicanos e recordou alguns dos nomes importantes de lutadores pela República, a quem apelidou de intelectuais livres e pensadores. Gostei que tivesse citado os nomes de Guerra Junqueiro, António Sérgio e João de Barros. E, sobretudo, gostei que tivesse convidado os jovens a abraçar os ideais republicanos. Bravo Ana Lídia.
Gostei, também, do discurso de António Costa, que não deixou de se referir aos tempos difíceis que passamos e, com subtileza, referiu a importância que a primeira Repúlica deu ao Ensino, como uma das molas impulsionadoras do progresso do País, para chamar a atenção da importância que teve a Parque Escolar na requalificação das escolas. Espero que o Ministro Crato o tenha ouvido com atenção.
Finalmente o discurso do Venerando Chefe de Estado. De um modo geral não gostei do discurso e, sobretudo, do modo como o disse. Parecia que estava completamente desanimado, abatido. No decurso do mesmo parou duas vezes para beber água. Ora o Presidente tem, mesmo nos momentos difíceis, dar alento aos seus concidadãos, não tem? Apenas gostei quando disse que o mau desempenho das economias desenvolvidas irá reflectir-se inevitavelmente em Portugal e apelou à Europa que é necessário tornar-se coesa e solidária nos bons e nos maus momentos. Todo o resto, foram os lugares comuns do costume.
Ah, não vi Portas. Está cada vez mais a ser "chutado para canto".
2 comentários:
Por razões de diversa ordem não vi em directo nem em diferido notícias sobre o assunto (nem de outra natureza, aliás). Hoje, estou a zero. Amanhã, vou procurar inteirar-me sobre a coisa.
Quanto à ausência de Portas: não creio que tivesse sido chutado para canto. Deve ter ido comemorar a data a bordo de um dos submarinos que comprou ou, melhor ainda, tentar vendê-los ao Irão ou assim.
E do Alberto, que notícias há? Quantas inaugurações fez hoje?
Se manteve a média destes últimos dias de campanha, Jardim deve ter feito quatro inaugurações, uma delas ao lado de Mário Nogueira, líder da FRENPROF, que foi lá assistir à inauguração da sede local daquela federação sindical, sede essa já pronta há mais de um mês. Uma veergonha!
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