Paulo Portas e Passos Coelho andam numa roda-viva, e à disputa, para ver quem diz o maior disparate. E se relativamente a Portas ainda se possa compreender tanto arreganho, pois quer mostrar serviço com medo do voto útil em caso de eleições antecipadas, a passos Coelho exige-se bom senso nas suas intervenções e credibilidade nas suas propostas.
Ora, neste fim de semana, Passos Coelho veio exigir ao Governo que feche todas as empresas públicas que dão prejuízos crónicos. Nem se deu conta de que, de entre outras empresas de importância estratégica para satisfazer necessidades fundamentais da vida dos cidadãos, sobretudo os economicamente mais débeis, estão as empresas de transportes públicos como a CP, a Carris, os STCP, as empresas do Metro de Lisboa e do Metro do Porto. E pior; o homem acha que não servem para alienar, porque não têm grande valor; o valor que trarão para o Estado é a poupança que resulta do seu encerramento. Até Marcelo Rebelo de Sousa lhe caíu em cima. Atenção portugueses, muita atenção! E já agora, vão ver o que Sá Carneiro preconizava relativamente à política de transportes públicos quando fundou o PPD em 1974.
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