quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

HÁ TIPOS CURIOSOS

Cavaco, há tempos, foi à Madeira em visita oficial. Como o tio Alberto não abriu a Assembleia Regional (terá perdido a chave?), teve que receber os partidos da oposição regional num quarto de hotel. (Abro um pasêntises: não recordo se todos os partidos foram ao beija-mão; por mim, teria dito: muito obrigado, fica para melhor oportunidade).
Agora, em pré-campanha, regressou e, como sempre (salvo nos tempos do 'senhor Silva'), o tio Alberto levou-o a beberricar umas ponchas ao som do cavaquinho. Nada a objectar.
Só que, o senhor Silva (o tio Alberto dixit), ido aos Açores em idêntica função de pré-candidato, nem sequer teve a gentileza de avisar o César da sua visita às Ilhas. Não terá curado ainda a azia do Estatuto Regional (caso em que, aliás, eu concordava com Cavaco, diga-se)?
Curioso, este Cavaco Silva, presidente de todos os portugueses. (Outra redundância, esta de "presidente de todos os portugueses", de que se usa e abusa).
Poupem-me a redundâncias e inutilidades e expliquem-me ao que vêm, por palavras que eu entenda e sem subterfúgios de qualquer natureza. E, já agora, que diga que nada fez de errado na compra-venda das acções, antes pelo contrário, já que como bom chefe de família procurou obter um lucro lícito num negócio com terceiros, maiores e vacinados. Não seria mau, também, que explicasse aquela "coisa" das escutas ao seu telefone (e telemóvel?) e o "assalto" ao seu e-mail. Terá dido alguém a soldo da Wikileaks?

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