Tal como previsto, Cavaco Silva foi reeleito Presidente da República na primeira volta, embora com o pior resultado de sempre de um reeleito. Por um voto se ganha, por um voto se perde e, por isso, a sua legitimidade não pode ser posta em causa. No entanto, atendendo às circunstâncias e ao facto de os seus adversários (mesmo Manuel Alegre) não serem, figuras relevantes de qualquer partido, Cavaco tinha obrigação de atingir uma percentagem maior do aquela que obteve - abaixo dos 53%. Até Eanes, que teve um opositor forte, não pela pessoa do candidato mas pelo quadro político que o apoiava, conseguiu um resultado muito melhor. Por isso estranho que Cavaco Silva já esteja à procura de confronto quando fala da derrota da infâmia e promete magistratura actuante.
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