Todos
os membros deste Governo, principalmente os ministros, sabem que estão sujeitos
a serem confrontados com grandes ou pequenas manifestações de descontentamento,
não só porque a maioria dos portugueses já não consegue suportar tanta austeridade,
mas também porque não aceita a arrogância com que o governo os trata. Por isso,
não espantou que ontem o ministro da Administração Interna se tenha visto
confrontado com uma, quando se preparava para inaugurar em Vouzela um edifício
dos bombeiros locais. É natural que o ministro, sendo humano, tenha ficado
nervoso. Mas nada lhe dava o direito de faltar ao respeito aos portugueses,
dizendo que Portugal “não pode continuar
um país de muitas cigarras e poucas formigas”, como que a querer dizer que
o nosso país é um país de malandros ou de mandriões, onde a maioria das pessoas
não trabalha. Ora, o ministro sabe bem que isso não é verdade; sabe bem que
muitos portugueses e portuguesas que estão no desemprego gostavam de ter
trabalho; e sabe bem, também, que tal discurso começou a ser proferido pela extrema-direita
de alguns países da Europa do Norte. Estávamos habituados a ouvir disparates do
género, do ministro Álvaro, mas pelos vistos, a partir de agora, vamos também
ouvi-los do ministro Miguel. Até ver…
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1 comentário:
Esta tropa não tem princípios nem qualquer resquício de moral. Bardameda.
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