Pertenço àquele número de portugueses que não acredita, nem um bocadinho, naquilo que Passos Coelho diz, embora não me seja indiferente. Por isso, não fiquei de todo surpreendido com a sua comunicação de ontem. Passou dois terços do tempo a dizer que a culpa do descontrolo das nossas finanças públicas era dos governos anteriores (se calhar estava a lembrar-se dos governos de Cavaco Silva), para depois gastar o outro terço a comunicar-nos o disparate que vai fazer ao obrigar os trabalhadores a pagarem mais 7% para a segurança Social, os patrões a pagarem menos 5,75% e o Estado a arrecadar (sub-repticiamente) mais 1,25%. E depois a querer fazer de nós pategos e a jurar a sete pés que não, não vai haver aumento de impostos. Então, ó Passos: os trabalhadores portugueses vão receber menos dinheiro no fim do mês; desse valor os patrões ficam com algum e entregam o resto ao Estado; e isto não é imposto? Valha-o Deus, então o que é, um donativo?
Mais uma vez este governo que nos desgoverna, revelou um completo desprezo pelos pensionistas e reformados, acusou os trabalhadores de serem os responsáveis pelo desemprego e a falta de competitividade das empresas e condescendência para com os mais ricos. Até onde vão chegar as suas atitudes cretinas para com a classe média e os portuguese mais desfavorecidos
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