sábado, 8 de setembro de 2012

Até onde?


Pertenço àquele número de portugueses que não acredita, nem um bocadinho, naquilo que Passos Coelho diz, embora não me seja indiferente. Por isso, não fiquei de todo surpreendido com a sua comunicação de ontem. Passou dois terços do tempo a dizer que a culpa do descontrolo das nossas finanças públicas era dos governos anteriores (se calhar estava a lembrar-se dos governos de Cavaco Silva), para depois gastar o outro terço a comunicar-nos o disparate que vai fazer ao obrigar os trabalhadores a pagarem mais 7% para a segurança Social, os patrões a pagarem menos 5,75% e o Estado a arrecadar (sub-repticiamente) mais 1,25%. E depois a querer fazer de nós pategos e a jurar a sete pés que não, não vai haver aumento de impostos. Então, ó Passos: os trabalhadores portugueses vão receber menos dinheiro no fim do mês; desse valor os patrões ficam com algum e entregam o resto ao Estado; e isto não é imposto? Valha-o Deus, então o que é, um donativo?
Mais uma vez este governo que nos desgoverna, revelou um completo desprezo pelos pensionistas e reformados, acusou os trabalhadores de serem os responsáveis pelo desemprego e a falta de competitividade das empresas e condescendência para com os mais ricos. Até onde vão chegar as suas atitudes cretinas para com a classe média e os portuguese mais desfavorecidos

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