Afinal,
o que faz Portas, ou se quisermos, o que faz o CDS no Governo? Segundo o que
hoje afirmou Nuno Melo, vice-presidente do partido, Paulo Portas teve
conhecimento desta medida sobre a TSU, discordou dela e apresentou
alternativas, mas “não quis abrir uma crise política”. Então como é? Será que o
pretexto da crise política vai permitir à dupla Gaspar-Passos governar a seu
belo prazer queiram ou não queiram, concordem ou não concordem os outros órgãos
políticos e até personalidades relevantes do PPD? Numa coligação de partidos
para viabilizar um governo apoiado por uma maioria parlamentar, nenhum partido
se pode considerar dominante nem outro considerar-se subserviente. Se esta
medida, tal como Passos Coelho a apresentou, não constava no programa do Governo,
o primeiro-ministro ao ficar a saber que o CDS discordava dela, só tinha que
negociar uma outra alternativa com Paulo Portas. Nunca impô-la, com o
argumento: “ou a medida ou a crise política”. Tal atitude é verdadeira
chantagem.
Se
tudo se passou assim, Portas pôs-se de cócoras perante Gaspar e Passos Coelho.
A partir de agora nada manda. Passou a ser um“verbo de encher”. Uma vergonha!
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