sábado, 15 de setembro de 2012

Portas - "verbo de encher". Uma vergonha


Afinal, o que faz Portas, ou se quisermos, o que faz o CDS no Governo? Segundo o que hoje afirmou Nuno Melo, vice-presidente do partido, Paulo Portas teve conhecimento desta medida sobre a TSU, discordou dela e apresentou alternativas, mas “não quis abrir uma crise política”. Então como é? Será que o pretexto da crise política vai permitir à dupla Gaspar-Passos governar a seu belo prazer queiram ou não queiram, concordem ou não concordem os outros órgãos políticos e até personalidades relevantes do PPD? Numa coligação de partidos para viabilizar um governo apoiado por uma maioria parlamentar, nenhum partido se pode considerar dominante nem outro considerar-se subserviente. Se esta medida, tal como Passos Coelho a apresentou, não constava no programa do Governo, o primeiro-ministro ao ficar a saber que o CDS discordava dela, só tinha que negociar uma outra alternativa com Paulo Portas. Nunca impô-la, com o argumento: “ou a medida ou a crise política”. Tal atitude é verdadeira chantagem.
Se tudo se passou assim, Portas pôs-se de cócoras perante Gaspar e Passos Coelho. A partir de agora nada manda. Passou a ser um“verbo de encher”. Uma vergonha!
                                                                                                                                                                                                                                                       

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