A
Comissão Europeia, através do porta-voz do comissário Olli Rehn, já veio fazer
chantagem sobre os portugueses, dizendo que a continuação da ajuda externa a
Portugal está dependente do cumprimento das reformas acordadas no memorando de
entendimento e das sucessivas revisões ao mesmo, incluindo a mais recente,
feita agora aquando da quinta avaliação. Ora, esta posição da Comissão Europeia
é intolerável, pois naturalmente estão bem informados e sabem, agora, que estas
últimas medidas anunciadas pelo Governo e mais propriamente a da TSU, para além
de levantarem dúvidas de constitucionalidade, são rejeitadas pelo país e até
dentro da própria coligação. Por outro lado, a Comissão sabe que o memorando
inicial, aquele que levou ao contrato de ajuda externa com a Troika de que faz parte, foi assinado pelos três
maiores partidos portugueses e teve o acordo dos parceiros sociais à excepção
da CGTP, ou seja, teve o acordo de representantes políticos e sociais de
praticamente 80% dos portugueses. Agora, sucede o contrário. Então a Comissão
Europeia, ou se quisermos à Troika, terá de concluir que Passos Coelho desta
vez usurpou das suas competências (ou se quisermos, abusou dos poderes que
tem). Por isso, só tem que o contactar, pedir-lhe que vá ter com eles para lhes
explicar o porquê da sua descabida atitude e dizer-lhe que, a exemplo do seu
antepassado Egas Moniz, leve uma corda ao pescoço. Mas que, desta vez, não leve
a mulher e as filhas, pois elas não têm culpa da sua arrogância, da sua
teimosia ou, se quisermos, da sua burrice.
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