segunda-feira, 7 de junho de 2010

OS COBRADORES DE FRAQUE

Noronha do Nascimento, presidente do STJ veio há dias dizer que os tribunais não podem ser os cobradores de fraque.
O bastonário da Ordem dos Advogados, em artigo de ontem no JN, dá-lhe forte e feio. Diz ele, entre outras,
"tudo indica que a produtividade dos juízes portugueses tem vindo a baixar de ano para ano e é memo uma das mais baixas da Europa"
"O que se deveria revelar é quantas decisões de mérito profere o STJ por ano e, sobretudo, quanto custa cada decisão, ou seja, quanto é que o Estado gasta por ano com os juízes-conselheiros, incluindo com as ajudas de custo (iguais às dos membros do Governo) que cada um recebe por cada dia que se desloca ao STJ (ao seu local de trabalho), aliás, com viagens gratuitas".
"Criaram sindicatos, fazem greve (à soberania), insubordinam-se publicamente contra as leis da República, interferem permanentemente com os outros poderes do Estado e têm sido os principais incentivadores da desjudicialização da Justiça. Tudo isto sempre com os mesmos objectivos: ganhar mais, trabalhar menos (menos processos em tribunal) e manter os privilégios".
"É cada vez mais difícil (e mais caro) levar um recurso ao STJ, pois tal já quase não depende da lei, mas sim dos juízes".
"Hoje é mais fácil e mais barato contratar um ou dois gangsters para deitar as mãos ao pescoço de um devedor do que levá-lo a tribunal".

Marinho Pinto não manda recados, diz o que entende dizer e pronto.
Será que o presidente do STJ vai responder?

1 comentário:

4-pereiró disse...

É a justiça que temos a todos os níveis. Felizmente que ainda temos o Marinho Pinto a dizer "em voz alta" aquilo que todos nós portugueses dizemos em surdina, para não sofrermos represálias. Os juízes que não são eleitos, são os donos do regime.