Outra medida que está a causar algum ruído, por pura politiquice, é a que se prende com o encerramento de escolas do 1º. ciclo com menos de 20 alunos, e a transferência das crianças para um centro escolar ou escola básica integrada. Quer isto dizer que o Governo, e bem, acaba com muitas escolas sem condições físicas aceitáveis e com poucas condições pedagógicas, já que em muitas delas um só professor leciona os primeiro, segundo, terceiro e quarto anos de escolaridade. Por outro lado, é um facto estatisticamente comprovado que neste tipo de escolas a taxa de insucesso escolar é muito superior à das outras escolas e que o abandono também é significativo. Assim, esta medida tem como finalidade combater o insuceso , o abandono e a não condenar as crianças que as frequentam à exclusão. Mas uma medida destas implica que se construam os tais centros escolares e se crie uma boa rede de transportes escolares. Ambas as coisas feitas em concertação com as autarquias locais. Mas os autarcas nem sempre se dispõem a colaborar com estas reformas, pois se é verdade que a construção de um centro escolar é obra que se vê, já a criação de uma rede de transportes escolares não o é, e gastar dinheiro em transportes, sempre é melhor levar os velhinhos a passear, pois estes não esquecem quem os levou a sítios que não conheciam e nos actos eleitorais votam.
Também os partidos da oposição protestam por protestar. E, em defesa dos interesses corporativos que dão votos, argumentam às vezes de forma a rondar o patético, como foi o caso da deputada dos Verdes, Heloísa Apolónia, no debate quinzenal com o Governo que ocorreu na última Sexta-feira.
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