O encerramento das escolas com menos de 21 alunos merece, genericamente, a minha aprovação. Tenho sérias dúvidas que um único professor possa "atender" ao mesmo tempo as crianças de cada um dos 4 anos de escolaridade numa mesma sala de aulas. Bem sei que foi isso a minha escola primária, há muitos, muitos anos. Mas hoje as exigências são outras e nem só de "aprendizagem" é feita a escola. São as actividades extra-escolares, é a alimentação, é o convívio com outras crianças de estratos sociais diferentes, etc.
Há, claro, o reverso da medalha: as viagens das crianças, algum desenraizamento, um posto de trabalho que se extingue nas aldeias... Quanto à desertificação, apregoada por muitos, não vejo onde esteja: as crianças regressam às suas localidades e nos fins de semana e em férias lá estão para, juntas, brincar e estar com os seus familiares.
O que entendo, leigo que sou na matéria, é que o encerramento poderá não ter que ser cego e poderá merecer excepções. O que não quero aceitar é que, como alguns contrapõem, o encerramento seja por motivos meramente economicistas. A preparação para a vida das crianças é demasiado importante para que essa via seja seguida.
Que me diz o 4-pereiró sobre a matéria, mais informado que está do que eu?
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1 comentário:
Subscrevo na totalidade esta opinião. Eu não diria melhor. Aborda correctamente todos os aspectos, até mesmo refutando o falso argumento da desetificação, por parte dos que não concordam. Perfeito.
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