Parece
que a candidata Maria de Belém se arroga em ser, ou melhor, em querer ser a
candidata do Partido Socialista. É claro que não é. E eu digo, ainda bem. De
qualquer modo, ou ando muito mal informado, ou estou certo que o PS, e quando
digo o PS, quero dizer os seus órgãos dirigentes e a sua Direcção foram bem
explícitos quanto à posição do partido nestas eleições presidenciais: Na
primeira volta o PS não apoia nenhum dos candidatos; se houver segunda volta, o
PS poderá apoiar oficialmente um dos candidatos, presumo eu, o candidato da
esquerda que for disputá-la com Marcelo Rebelo de Sousa. E se há candidato
(neste caso candidata) que nada pode apontar a esta posição do PS, é Maria de
Belém, já que a sua candidatura aparece completamente à revelia do partido.
Pior, aparece como um acto de vingança da tralha segurista, à qual se juntaram
alguns apoios de barões para os quais o partido não deve apoiar quem não for
seu militante. E eu pergunto: Muitos destes barões não foram apoiantes de
Eanes? A Jorge Coelho não, porque não sei por onde ele andava, mas a Vera Jardim
e a Manuel Alegre gostaria que me informassem em quem votaram nessa altura. E se
o PS decidiu não apoiar um candidato na primeira volta, os seus dirigentes e
outras figuras de primeiro plano, tal como todos os outros militantes e
simpatizantes, votam de acordo com a sua vontade e consciência, como é óbvio
num país do “primeiro mundo”.
Espero
que muitos deles façam como eu que não sou militante e votem em António Sampaio
da Nóvoa.
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