Tal como à maioria dos portugueses, estas eleições presidenciais
não estão a despertar-me a mesma atenção que eleições presidenciais anteriores.
Talvez por isso não tenho dedicado a devida atenção aos debates que têm
ocorrido na Comunicação Social. Vi alguns na totalidade e excertos de outros em
serviços noticiosos dos vários canais televisivos, sobretudo nos canais
informativos – SIC Notícias, RTP 3 e TVI 24. Para classificar aquilo que vi, só
me apetece dizer: Que pobreza, ou melhor, que tristeza!
Ninguém tem dúvidas que dos 10 candidatos só três
poderão ganhar: Marcelo Rebelo de Sousa, que andou dez anos a ganhar dinheiro
para se promover – caso inédito no Mundo –; Sampaio da Nóvoa, apoiado por
sectores de esquerda e centro esquerda e por três ex-Presidentes da República;
e Maria de Belém Roseira, atirada para o combate pela tralha segurista do PS, sedenta
de se vingar de António Costa e depois apoiada por alguns barões que não
aceitam que o partido apoie um não militante.
E os outros? Os outros dividem-se em três grupos: Marisa
Matias e Edgar Silva, cujos partidos – Bloco de Esquerda e Partido Comunista –
quiseram fazer notar a sua presença e, quiçá, a sua influência na eleição do
novo Presidente; Henrique Neto e Paulo de Morais, que fazem o papel de
ressabiados da política e daí os constantes ataques de carácter aos outros
candidatos (Paulo de Morais mais parece um candidato a Procurador Geral da
República, tal a obsessão em falar da corrupção); e finalmente Cândido
Ferreira, Jorge Sequeira e Tino de Rans que, com todo o respeito que me
merecem, mais parece que procuraram algumas, poucas, horas de protagonismo e
que provam que qualquer cidadão português que se disponha a gastar uns milhares
de euros – duas ou três dezenas de milhar – pode ser candidato. Já agora
estarei atento à publicação dos resultados eleitorais para ver se qualquer
destes três candidatos atingirá um número de votos superior ao número dos seus
proponentes.
Tudo isto faz com que, evidentemente, seja fraco o
interesse dos cidadãos eleitores por estas presidenciais, o que é pouco
edificante quando está em causa a eleição do mais alto magistrado da Nação.
1 comentário:
Tenciono exercer o meu direito/dever de ir às urnas votar para eleger o mais alto magistrado da Nação! Era o que mais faltava deixar os meus créditos por mãos alheias.
Não ligo é a esses diz-que-diz...nem às guerras partidárias.
Cumprimentos.
Janita
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