Pronto. O Sr. Presidente da República dissolveu finalmente a Assembleia da República e marcou eleições legislativas para o dia 5 de Junho. Decidiu fazer agora aquilo que não teve coragem de fazer após o seu discurso de ruptura política com o Governo, no dia da sua posse. E, mais uma vez, passou a mensagem para os portugueses de que a culpa da crise política que se instalou é dos partidos e, particularmente, do Governo, para quem mandou vários recados, como o de lhe dizer, de forma indirecta (por falta de coragem?), que tem condições de recorrer à ajuda externa. Acho graça que esteja agora muito preocupado com a nossa economia, o bem estar dos cidadãos e das suas famílias e, pasme-se, com a defesa do regime democrático. E o que fez para evitar a crise? Nada, usou a sua "velha máxima": não me comprometam. Com uma grande descaramento, para não dizer mesmo, com grande cinismo, veio apelar para que se evite a crispação. Mas ..., ó Senhor Presidente: quem foi que deu o pontapé de saída da crispação, não foi V. Exa no seu discurso de posse? Ah! dirá V. Exa: fui mal interpretado.
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1 comentário:
Dircurso de posse, diz? Apenas repetiu o discurso feito no varandim do CCB na noite da eleição, momento a partir do qual marcou os timings. Assim o quis, assim o tem. E antevejo, embora não seja mago, que ainda vou ver muita água a passar por debaixo da ponte da Arrábida.
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