Desde a sua reeleição que Cavaco Silva quando fala cria logo alguma polémica. No seu discurso de tomada de posse foi o que se viu, com Cavaco Silva a tomar o lugar de líder da Oposião e a falar da situação política, económico-financeira e social de Portugal, como se nada tivesse a ver com ela, apesar de ter sido ministro das finanças dois anos, primeiro-ministro dez e Presidente da República nos últimos cinco. Depois, numa cerimónia evocativa dos cinquenta anos do início da Guerra Colonial, pede aos jovens de hoje que se sirvam do exemplo dos então jovens combatentes de ontem para se empenharem em acções que tenham em vista um futuro melhor para o país (o que nos trouxe de bom a guerra colonial?). Agora, depois de muito criticado pelo demorado silêncio a que se votou perante um cenário de crise política muito prejudicial para Portugal, Cavaco Silva sacode, como sempre sacudiu, a água do capote e veio dizer que a forma como foi apresentado o chamado PEC 4, reduziu substancialmente a sua margem de manobra para actuar. Quiz dizer: a culpa do meu silêncio é do Sócrates. Como sempre, a culpa não é dele.
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1 comentário:
o anjinho nem foi pai do monstro, nem acabou com a agricultura e com as pescas, conduzindo ao que no mínimo se pode considerar ridiculo que é portugal importar muito do peixe que come
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