Volto aos exames nacionais,cujos resultados começam a ser comentados pela Comunicação Social.
E, como de costume, realçam os aspectos negativos e esquecem os positivos. Desde logo dizendo que em 12 das 24 disciplinas as médias baixaram. É verdade; mas, por exemplo, em Português Língua não materna onde a diferença é das mais acentuadas - de 13,6 o ano passado para 10,5 este ano - o número de provas realizadas é, respectivamente, de 12 e 13 provas. É muito aleatório estar a comparar as médias desta disciplina. Depois, em alguns títulos, escritos ou ditos, realçam: "média de Português mais baixa que média de Matemática", quando deveriam dizer: médias de Português e de Matemática positivas, o que raras vezes tem acontecido. Não há referências às médias de disciplinas também importantes, como Alemão, Inglês, Francês, Espanhol, Economia (disciplina nuclear para muitos cursos ligados à gestão). E só muito escondido se refere que em 24 disciplinas houve 5 médias negativas, sendo que a mais baixa é de 8,1e que duas delas são 9,5 e 9,6, muito próximas da positiva.
Enfim, sempre o negativismo da comunicação social.
4 comentários:
Por curiosidade, ontem consultei vários jornais on-line e dei-me conta de que uns realçavam o que de positivo se verificou, enquanto outros chamavam para título o menos conseguido. Critérios, mas não isentos.
Tirar conclusões com base num número pequeno de exames, como refere, não é sério.
É claro que a leitura simplistíca dos números não conduz a nada. Seria necessário que alguém (uma comissão?) independente apreciasse comparativamente a dificuldade dos exames ao longo dos anos com as notas obtidas.
Os números, secos, sem mais, permitem todas as interpretações, o que pode não traduzir a realidade.
Este assunto mereceria um comentário mais alargado, o que aqui não é possível. E, devo acrescentar, não sou nem de longe, nem de perto, 'expert' na matéria.
Excelentíssimo Senhor Doutor Bilhetedequatro
Venho, por este meio, comunicar a Vossa Excelência, aliás com o maior pesar, que face ao desprezo com que me presenteou, homiziando-me, quiçá mesmo ostracisando-me, não tenho outra alternativa que não seja despedir-me ad eterno.
Perdoe-me, Excelência, o tempo - certamente precioso - que lhe roubei despudoradamente.
Com os meus mais sentidos pês..., digo, cumprimentos, permito-me enviar a Vossa Excelência o meu derradeiro abs
Ó 4-pereiró, isto é consigo? Que é que V. fez ao Amigo AF, para ele estar tão zangado? Não se pode ostracizar o AF, que é Amigo, embora não diga de peito. Esclareçam lá isso, que não quero aqui guerras.
Sinceramente se é comigo acho estranho. Não conheço a pessoa e, sem querer ser juiz em causa própria, apenas dei uma opinião crítica às análises feitas por alguma comunicação social aos resultados dos exames nacionais. Não digo a tudo que sim, ou seja, discordo de algumas opiniões, sejam elas de quem forem, como sei que muita gente tem o direito de discordar das minhas. "É da discussão que nasce a luz".
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