Todos sabemos que os órgãos de Comunicação Social não são completamente isentos. É assim em todo o mundo democrático. Uns tendem mais para um partido, outros tendem mais para uma área política (mais à direita, mais à esquerda, etc.). Portugal não é uma excepção, só que nesta altura quase todos tendem mais para a direita dado que, na sua quase totalidade, são propriedade de grandes grupos económicos controlados e administrados por pessoas afectas à área da direita. Há no entanto um ou outro que, para lá da sua tendência política, têm outra tendência: são anti-Sócrates (que não anti-PS).
O jornal Público, do qual sou leitor diário (tenho-o sempre reservado numa papelaria onde o compro) é, em meu entender, um exemplo do "anti-Sócrates". Sobretudo desde que um Governo dele, fez abortar o negócio da compra da PT pele Sonae. Então o seu Director da altura, José Manuel Fernendes, tornou-se num dos seus piores inimigos (só igualado por Mário Crespo).
Na sua edição de hoje, o Público publica os resultados de uma sexta de oito sondagens antes das eleições de 5 de Junho. É curiosamente aquela em que a distância entre PS e PSD é maior em valor absoluto e favorável ao PSD. Pois bem; nas outras seis sondagens entretanto publicadas, nos gráficos de barras que representam as percentagens dos resultados entre os cinco principais partidos e um outro hipotético que representa todos os outros concorrentes, as dimensões das barras são razoáveis e proporcionais em todos. Não há destaque para PS e PSD. Mas nesta, é curioso!, as barras que comparam estes dois partidos têm uma altura da quase totalidade da 1ª. página e uma largura bem maior. Pergunta minha, se calhar ingénua: Será para mostrar contentamento? Não era preciso, nós já sabemos.
Sem comentários:
Enviar um comentário