Tenho manifestado algumas vezes neste blog a minha posição sobre o encerramento de escolas do primeiro ciclo do ensino básico. Sou a favor da medida, desde que devidamente enquadrada na reoganização da rede escolar, e que não seja posta em prática de uma maneira cega, ou seja, que depois de definidos os critérios, cada caso seja objecto de análise. Do mesmo modo, sou de opinião que quem não concorda com estes encerramentos, também não deve, de uma maneira cega, manifestar a sua discordância. E, infelizmente, é o que tenho visto fazer por pessoas e instituições que deviam reflectir melhor antes de a emitirem. Desde logo porque tais encerramentos já há alguns anos eram sucessivamente recomendados pela OCDE, com o fundamento de que : escolas sem meios, sem professores diferenciados, com poucos alunos e sem estímulos por parte das comunidades locais, eram centros produtores de insucesso escolar e de futura desqualificação profissional, o que naturalmente prejudicava o desenvolvimento económico.
Por isso estranho a leveza das críticas do líder do PSD e o seguidismo das mesmas críticas da parte do CDS/PP. O mesmo não digo das críticas do Partdo Comunista e do Bloco de Esquerda, que lutam mano a mano por agradarem aos interesses corporativos. E, por favor, já não posso ouvir (ou ler) o argumento da desertificação. Mas, sobre esta, li uma crítica da presidente da Confederação Nacional Independente (de quem) de Pais e Encarregados de Educação que afirmou: "vai aumentar a desertificação das aldeias pois os pais vão atrás dos filhos para evitar percorrer grandes distâncias". Bom, fartei-me de rir. Nem queria acreditar!
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