Jorge Jesus, Bruce Jenner e Cristina Ferreira
por FERREIRA FERNANDESHoje
Um treinador de futebol é sempre uma vedeta.
Por isso, além de saber da poda que o leva à fama,
um treinador precisa de golpes de asa. Jorge Jesus
podia posar como Bruce Jenner que se vestiu de
Caitlyn, com corpete cintado e branco, ou desnudar-se numa capa de revista, com o retrato da Cristina Ferreira
na virilha. Ele não fez uma coisa nem outra, o que o
livrou de bisturis ou de se aleijar no prego da moldura
da Cristina. E, contudo, ganhou à mesma a atenção dos projetores: J.J. foi para Alvalade. O que também não é
sem risco porque, com ele sob o signo do leão, um dia destes ainda o vemos com a juba pintada à Maria José Valério. Mas, pronto, está escolhido. Não percebo, mas admiro: em tempos em que os desesperados atravessam
o Mediterrâneo só num sentido, é gratificante ver um homem a atravessar a Segunda Circular a contracorrente.
E é essa a principal mensagem: um homem escolheu. Tão simples como isso. J.J. agiu como num contrato entre iguais: de um lado, ele, um bom profissional, do outro,
um grande clube. E J.J. ousou decidir como lhe apeteceu. Uma tolice, penso eu - mas isso também sou eu a pensar nos meus interesses clubísticos. Pensando nos meus interesses de cidadão, agradeço a J.J. ter feito o que entendeu fazer. "Ingrato", chamou-lhe alguém do Benfica. Mais um que não entendeu a diferença entre ser fiel, próprio de alguém amarrado, e ser leal, que é de quem cumpre o acordado e, depois, parte.
Tão simples como isso.
Por isso, além de saber da poda que o leva à fama,
um treinador precisa de golpes de asa. Jorge Jesus
podia posar como Bruce Jenner que se vestiu de
Caitlyn, com corpete cintado e branco, ou desnudar-se numa capa de revista, com o retrato da Cristina Ferreira
na virilha. Ele não fez uma coisa nem outra, o que o
livrou de bisturis ou de se aleijar no prego da moldura
da Cristina. E, contudo, ganhou à mesma a atenção dos projetores: J.J. foi para Alvalade. O que também não é
sem risco porque, com ele sob o signo do leão, um dia destes ainda o vemos com a juba pintada à Maria José Valério. Mas, pronto, está escolhido. Não percebo, mas admiro: em tempos em que os desesperados atravessam
o Mediterrâneo só num sentido, é gratificante ver um homem a atravessar a Segunda Circular a contracorrente.
E é essa a principal mensagem: um homem escolheu. Tão simples como isso. J.J. agiu como num contrato entre iguais: de um lado, ele, um bom profissional, do outro,
um grande clube. E J.J. ousou decidir como lhe apeteceu. Uma tolice, penso eu - mas isso também sou eu a pensar nos meus interesses clubísticos. Pensando nos meus interesses de cidadão, agradeço a J.J. ter feito o que entendeu fazer. "Ingrato", chamou-lhe alguém do Benfica. Mais um que não entendeu a diferença entre ser fiel, próprio de alguém amarrado, e ser leal, que é de quem cumpre o acordado e, depois, parte.
Tão simples como isso.
Ferreira Fernandes, in DN
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