já não há pachorra para o aturar

Ontem em Coimbra, na cerimónia de celebração dos setenta e cinco anos do “Portugal dos Pequenitos”, Passos Coelho confrontado com a enorme emigração de portugueses, sobretudo jovens, a maioria dos quais com altas qualificações académicas e profissionais, disse, com aquela lata, ou melhor ainda, com aquela cara de safado que usa quando confrontado com situações embaraçosas de coisas que disse em determinada altura e que mais tarde negou tê-las dito, que nunca incentivou os jovens a emigrarem para procurarem emprego no estrangeiro. Mais, o tipo, depois de ter desafiado qualquer um a recordar alguma intervenção ou escrito dele nesse sentido, teve mesmo o desplante de dizer que a acusação que lhe fazem, de apelo à emigração, é mito urbano.

Será que Passos Coelho não sabe que em várias redes sociais proliferam vídeos com entrevistas dele a sugerir a jovens que podem emigrem? Então, quando ele incentiva jovens professores a irem dar aulas para Angola ou outros países de língua portuguesa, incluindo o Brasil, não é apelo à emigração? Então o que é?

Já não há pachorra para aturar este tipo. Será que ele pensa que os portugueses são saloios? Não são, não. Já não falta muito para  lho provarem.