segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Ainda não mordeu a língua?

O CDS, no tempo dos governos de Sócrates, era o partido que mais criticava o Estado pelos atrasos nos pagamentos devidos às empresas e aos cidadãos em geral. Ele era os reembolsos do IVA, era o valor IRS a recuperar, eram as bolsas pagas fora de horas e as facturas dos fornecedores. E Pedro Mota Soares, sobretudo enquanto líder da bancada, era um dos rostos das críticas mais contundentes. Chegaram a falar em Estado caloteiro, sobretudo o Portas – rei da demagogia barata.
Pois bem, numa altura em que muitos portugueses perdem o seu emprego em virtude da insolvência das empresas onde trabalham, o Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social está, para já, a levar oito meses para analisar os pedidos de intervenção do Fundo de Garantia Salarial, feitos pelos trabalhadores desempregados. A questão é de tal modo crítica que já levou a que o Provedor de Justiça interviesse no sentido de desafiar o ministro que tutela o Instituto a resolver a situação. E, o que é curioso, ou talvez não, é que o ministro em causa é, precisamente, Pedro Mota Soares. Pergunto: Ainda não mordeu a língua?!



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