É
uma vergonha o que se está a passar em Angola, com a prisão de jovens
activistas que fazem parte de um movimento de protesto contra o regime
autoritário – para não lhe chamar ditadura – que reina naquele país.
Não
se conformando com a prepotência dos senhores do regime que governam o país e
que sobretudo se governam (eles e as suas famílias enriquecem e o povo
sobrevive), alguns jovens resolveram levar a cabo várias acções para chamarem a
atenção da Comunidade Internacional. E, como sempre sucede com aquele tipo de
gente, foram presos, provavelmente seviciados, acusados de rebelião e,
pasme-se, de golpe de Estado!
Ora,
um destes contestatários é luso-angolano, portanto, cidadão angolano mas também
cidadão português, e resolveu entrar
em greve de fome para reforçar o protesto e dizer ao mundo que está disposto a
dar a vida pela democracia e pela liberdade em Angola. O seu estado de saúde é
extremamente grave e as autoridades angolanas mostram-se completamente desinteressadas
do desfecho que possa acontecer.
Toda
esta situação tem provocado o desagrado ou pelo menos a preocupação da
comunidade internacional, sobretudo nas chamadas democracias ocidentais. E em
Portugal? Bom, em Portugal o governo assobia para o tecto e sacode a água do
capote. Dizem, o primeiro-ministro e o ministro dos negócios estrangeiros, que se
trata de um assunto interno de Angola. Não comentam. Pergunto: De que têm medo?
Se calhar que a filha do ditador não compre mais empresas portuguesas a preço
de saldo. Será?
1 comentário:
Ao que parece, um qualquer funcionário da embaixada portuguesa em Angola visitou, com membros de outros países da UE, o luso-angolano. Do nosso ministros dos Negócios Estrangeiros nada soou, do primeiro-ministro idem e de su celência outro tanto. Uma vergonha. Se o cidadão resistir vai certamente pedir a escusa de ser português (e angolano, já agora).
Enviar um comentário