Pergunto:
Vale a pena um político ser honesto? Se calhar não vale a pena, já que parece
que o desonesto, ou se quisermos o mentiroso, tem melhor aceitação que o
honesto. Vem isto a propósito dos resultados destas últimas eleições
legislativas.
Se
não, vejamos:
Relativamente
a Passos Coelho, já nem vale a pena falar daquelas cenas da campanha eleitoral
das legislativas de 2011, onde prometeu não fazer aquilo que fez, enquanto
governo. Depois, seria exaustivo enumerar as centenas (ou até milhares?) de
mentiras que disse e todas as trafulhices que fez durante a governação, como
manobrar e mandar manobrar os números do desemprego, da inflação, do défice,
etc, etc. Ah! e agora durante a campanha, o corta ou não corta os 600 milhões
nas pensões, são o melhor exemplo de como podemos avaliar a sua palavra.
E
Portas? Nem vale a pena perder tempo com tal figurante. A célebre demissão
irrevogável, que depois revogou, definem a seriedade e a palavra de honra (de
quê?) do tipo.
António
Costa, como Homem honesto que é, disse aos portugueses que não fazia promessas
que não pudesse cumprir e apresentou um programa de governo credível, elaborado
por conceituados economistas, para que os portuguese votassem sabendo como
iriam ser governados.
Resultado:
Passos Coelho e Paulo Portas, apesar de terem perdido mais de 700 mil votos
foram mais votados do que António Costa que, apesar de tudo, subiu a votação do
PS relativamente às anteriores eleições legislativas.
Perante
isto, é ou não legítimo questionar se vale a pena um político ser honesto?
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