Helena
Roseta contou ontem na SIC Notícias que há dez anos, era Miguel Relvas
Secretário de Estado de um Governo de Durão Barroso e ela presidente da Ordem
dos Arquitetos, aquele lhe propôs uma parceria para formação de arquitetos
municipais, no âmbito dum programa com fundos comunitários denominado FORAL,
mas tal parceria para ir avante teria uma condição: que fosse uma empresa de
Passos Coelho a dar essa formação. Helena Roseta disse ter recusado de imediato
tal parceria por achar inaceitável tal condição e que considerava importante
recordar agora este episódio para que se perceba bem a personalidade de uma
pessoa que, outra vez no poder, está envolvida num caso de pressões
inaceitáveis ao jornal Público. E disse mais: “Na altura, percebi que era uma pessoa
que não sabia distinguir fronteiras”.
Ora,
a ser verdade, este episódio é grave, mesmo que já se tenham passado dez anos. Por
isso é preciso que seja plenamente esclarecido. E, desta vez, não há uma
qualquer entidade reguladora que venha em seu auxílio. Desta vez o assunto vai
muito para além de pressão. O que Miguel Relvas propôs a Helena Roseta
configura uma tentativa de favorecimento de um seu amigo (e que amigo!)
abusando da sua qualidade de governante (ou seja do poder que tinha).
Como
podemos continuar a ter um ministro todo poderoso que é apontado na praça
pública (só?) por abusar da sua condição de governante? Relvas está na berlinda
por más razões. E não pode continuar lá muito tempo. Se tiver um pingo de
dignidade, só pode dizer adeus ao seu amigo Pedro, dar corda aos sapatos e ir
pregar para outra freguesia.
E
o que diz a isto o parceiro da coligação?
1 comentário:
este cianeto há-de ir de mala aviada como tantos outros... é um de má memória.
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