A seu
belo prazer, Alberto João Jardim manda às malvas os compromissos que assumiu
com o Governo da República no âmbito do
programa de ajustamento económico e financeiro que lhe impõe medidas para
reduzir a despesa pública da Região Autónoma e sobretudo aqueles gastos
desmesurados. Uma das medidas que teve de aceitar (muito suaves para as
tropelias que o cavalheiro fez com o apoio da maioria dos madeirenses) foi
extinguir o Instituto do Desporto da Região Autónoma da Madeira, organismo que
gastava dinheiro “à tripa forra”, que omitiu facturas no valor de 18 milhões de
euros e que deixou uma dívida de 50 milhões para nós, portugueses do
Continente, pagarmos. Pois bem, sabe-se agora que o Governo Regional, através
de resoluções aprovadas pelo seu conselho de governo, concedeu apoios
financeiros e subsídios a clubes, incluindo os de futebol profissional, dos
quais o Marítimo foi o mais beneficiado. Ora, isto já não é só falta se
incumprimento de medidas acordadas, mas…, vigarice. Como é possível atribuir
subsídios através de um organismo que já não existe? E então, quem vai pedir
responsabilidades a Jardim, quer políticas, quer mesmo responsabilidades pessoais
de âmbito criminal? E o que dizem disto o primeiro-ministro e o venerando Chefe
de Estado? Nada, como de costume. Mas os portugueses não podem ficar calados e
têm que dizer basta! É inconcebível e até desumano que, numa altura em que se
cortam subsídios de férias e de Natal a muitos portugueses, que se aumentam as
taxas moderadoras, que se aumentam os impostos sobre bens essenciais de
consumo, no fundo, que se empobrece o país e os portugueses, que se gastem
dinheiros públicos no futebol profissional. Não pode ser. Não pode a Madeira
gastar milhões, que não tem, em clubes profissionais, à custa do sacrifício de
muitos portugueses para quem o dinheiro nem sempre chega para comer.
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