Um
grupo de personalidades portuguesas – professores universitários, conhecidos
juristas, sindicalistas, militares de Abril e até ex-deputados e dirigentes do
PS (como o fundador António Arnaut), vão promover um congresso que deverá
realizar-se no próximo 5 de Outubro (que pela última vez será feriado nacional)
com o nome de “Congresso Democrático das Alternativas”.
Pretendem
juntar pessoas na área da esquerda e envolver a chamada sociedade civil, dizem
eles, “sem federar nem hostilizar partidos”. Entretanto, os promotores desta
iniciativa elaboraram um documento intitulado “Resgatar Portugal para um futuro
decente” no qual, em defesa do Estado Social, defendem a oposição ao memorando
da Troika. De realçar que alguns deputados do PS subscreveram o documento e ainda
bem, digo eu. Nunca entendi, nem entendo porque razão o Sr Seguro, que se farta
de nos lembrar que não assinou o memorando, continua a dizer quando fala do
dito, que tem de honrar compromissos. Ora, não tem, não, já que muitas das
medidas mais hostis para os portugueses e que mais contribuíram para a recessão
da nossa economia, não estavam contempladas. Estes fundamentalistas do neoliberalismo
que nos governam, aproveitaram-se de algumas matérias do memorando para imporem
o seu projecto político. Portanto, é bom que alguém dentro do PS e fora dele pressione
a Direcção no sentido de mudar de rumo e começar a fazer oposição com “voz
grossa” e deixar-se da chamada “oposição responsável”, que não assusta quem nos
governa. O PS e António José Seguro têm que agir e rápido. Não podem deixar que
se destruam o Estado Social, o Serviço Nacional de Saúde, a Escola Pública e
outras conquistas da Democracia. Por isso, é preciso ir à luta.
Mas,
Senhor António José Seguro: a oposição a este Governo, que está a destruir a
classe média, não se faz com “luvas de pelica”; faz-se com “luvas de boxe”. Se
não tem feitio ou não tem coragem, deixe que outros o façam. Não sou militante,
mas sei que há gente no PS capaz disso.
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