Já sabemos que a retórica faz parte da actividade política, mas sempre retórica, ou só retórica, não dá credibilidade ao político.
O líder do maior partido da oposiçao é useiro e vezeiro em comentar actividades da governação, recorrendo quase sempre à retórica. Ainda agora, solicitado a pronunciar-se sobre desemprego, Pedro Passos Coelho diz que o desemprego é uma chaga social muito forte (o que todos nós já sabemos) e que "isso significa, portanto, que precisamos de políticas activas de emprego mais profundas, mais persistentes, e precisamos, sobretudo, de atrair mais investimento".
Pois é; é fácil dizer que precisamos..., precisamos..., precisamos... . Mas precisamos é de dizer o que vamos fazer. Precisamos é de dizer, com clareza, que políticas activas, profundas e persitentes se vão tomar, e como vamos atrair mais investimento. Caso contrário é só retórica. E não é com retórica que se constrói a alternância ao poder.
1 comentário:
Até eu sei dizer que é necessário não sei o quê. Todos sabemos. O busílis é o como fazer, com quem e com que meios. Se estamos mal, e estamos, não vejo lura de onde saia Coelho.
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