segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O Mundial de 2018

Pertenço ao grupo de portugueses que nunca acreditou que alguns jogos do campeonato do Mundo de 2018 se realizassem em Portugal, ou seja, que o mesmo campeonato decorresse na Ibéria. E, por isso, também não fiquei triste com a decisão do comité da FIFA. Fiquei indiferente, embora me pareça que foi melhor para nós portugueses. Ouvi muita gente dizer que agora, ao contrário do EURO 2004, não seria necessário gastar muito dinheiro em investimentos desportivos e outros, mas não estou de acordo. Se bem conheço os dirigentes desportivos e a maneira como fazem chantagem com os nossos governantes, tenho a certeza que dois ou três anos antes do evento, os presidentes dos chamados três clubes grandes começariam a exigir obras de modernização nos seus estádios, nos locais envolventes aos mesmos e nos acessos, incluindo os serviços de transportes. Lá iam milhões de euros que tanta falta fariam aos serviços de saúde e de segurança social. Por isso, ainda bem que acabou a loucura. A FIFA teve a coragem que os nossos políticos não tiveram.
E lá vai a Rússia organizar o Mundial 2018, o que era previsível. A Rússia é neste momento um dos "países do dinheiro"; tem mais de 140 milhões de habitantes e é um grande mercado para os patrocinadores da FIFA e em geral para as empresas de publicidade. E onde está o dinheiro e os grandes negócios está a FIFA. Para esta Federação de futebol o que conta é o dinheiro e não os princípios sãos do desporto.
Fala-se agora que os principais dirigentes russos mantiveram reuniões com vários membros da comissão executiva da FIFA. Não me custa a acreditar que seja verdade. Só o senhor Blatter faz de conta que não sabe das manobras que rondam aquele organismo.
Ah! Já agora. Espero que arrumada a candidatura ao mundial vejamos a partida do senhor Madail e de todos os seus acólitos da FPF. Será o melhor serviço que a FIFA prestará ao futebol português!

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