quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

DO TRABALHO

Diz-se que Sócrates quer ligar o salário à qualidade/produtividade do trabalho. Concordo. Quem não trabuca não tem direito a manducar. E isso de esperar que o vizinho faça o seu trabalho e o meu não é correcto nem moral. Só que... Como é que vai ser medida a "coisa"? Vai ser implantado um chip (que chip?) na tola de cada um para medir a sua produtividade? Na velha cadeia taylorista (ver 'Tempos Modernos', de Charles Chaplin) o problema era de fácil solução, mas Taylor está morto e enterrado há muito e nos serviços a "cadeia" é de difícil aplicação. Salvo se, o que ignoro, as Novas Oportunidades têm a solução.

2 comentários:

António Conceição disse...

Que disparate, este seu comentário!
Os trabalhadores fazem o que lhes mandam. A sua produtividade (ou falta dela) é sempre a mesma. Não é preciso medi-la. Se a produtividade aumentar, os louros pertencem aos gestores e directores das empresas. É por este que vão ser depois distribuídos os prémios de produtividade. Foi isto que Sócrates quis dizer.
Claro está que se a produtividade subisse muito, muito, muito, muito, se poderia pensar, aí daqui a dez anos, subir o salário mínimo para 500 euros. Não é que os trabalhadores o mereçam, mas há que repartir socialmente a riqueza criada.

500 disse...

Mestre Funes, concedo, baralhei-me. Nestes tempos conturbados é fácil cair na primeira ratoeira que nos montam e Sócrates é refinado na coisa. É que sempre pensei que a Organização das empresas fosse um elemento fundamental para a produtividade, mas tenho que reconhecer que estou errado. Mas, vendo bem, o que se passa com os protuguese que trabalham no estrangeiro? Colocam-lhe o tal chip nos miolos? Trabalham 18 horas/dia, sere dias por semana, como no início da Revolução Industrial? Elucide-me, que ando perdido.
E quanto ao salário mínimo de 500 euros é um luxo a que as empresas, digo, empresários não se podem dar. A vida está difícil, como é sabido, salvo para aqueles 25% que não "registam" a sua actividade, como veio agora a público. Mas desses não reza a estória, que o seu mundo não é deste mundo-cão.