Os juízes são cidadãos de pleno direito, como todos os outros, mas também têm deveres. O facto de constituirem no seu conjunto um órgão de soberania importantíssimo num Estado de Direito Democrático, como o são os Tribunais, não lhes dá o direito de se julgarem cidadãos especiais e, por isso, isentos de terem de suportar as consequências da crise que atravessamos. As suas remunerações e outras regalias são pagas pelo Orçamento Geral do Estado. Os valores que auferem estão muito acima da média das verbas auferirdas pelos outros cidadãos que também servem o Estado. Daí, que os juízes se possam considerar, no mínimo, como pertencentes à classe média alta. É evidente e não seria justo para todos os outros portugueses que a crise não lhes batesse à porta. Claro, também vão sofrer redução de remunerações. É natural que se sintam insatisfeitos e que mostrem a sua insatisfação. O que não podem fazer, até porque sendo cada um deles parte integrante de um órgão de soberania têm o dever de reserva, é acusações insultuosas para elementos de outro órgão de soberania como o fez o líder sindicalista dos Juízes António Martins. Não tenho adjectivo para tais declarações. Parece-me grave dizer que: "estamos a pagar a factura de ter incomodado, nas investigações e no trabalho que fazemos, os boys do Partido socialista"; e pior, dizer que os juízes são vítimas de um roubo. Como é possivel esta linguagem num juiz? Ao que chegou a justiça! O poder político não pode deixar passar este grave incidente, pois hoje é o PS, mas amanhã pode tocar a outro partido. E o Presidente da República, Vai outra vez (como sempre) assobiar poara o ar? Quem de direito tem que tomar medidas.
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1 comentário:
Estes senhores são intocáveis e haja quem se atreva a constestá-los. Voz de prisão, no mínimo. A linguagem do senhor juiz Martins não é digna do mandato que exerce, em nome do Povo que não o elegeu. Se tem contas a ajustar com os boys, eu não tenho nada a ver com isso.
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