É
evidente que a eleição de António Costa nas primárias do PS e, sobretudo, a
forma entusiástica como foi eleito, causam na opinião pública a ideia que ele
pode captar eleitores à direita e à esquerda. Daí que estejamos a assistir nestes
dias mais próximos a mais nervosismo nos partidos à esquerda do PS, do que nos
partidos à direita – PSD e CDS/PP – que apoiam o Governo. Ah, e também em
Marinho e Pinto, cujo putativo partido não sei dizer se é de esquerda, de
direita, ou de outra coisa qualquer.
Então
o líder do PCP, Jerónimo de Sousa, anda num total desassossego. O homem não pára.
Faz críticas ao PS e a António Costa todos os dias a propósito de tudo e de
nada. Ele sabe que um PS forte e determinado em aliviar a maldita austeridade
que nos tem conduzido ao empobrecimento, tirar-lhe-á eleitores. Mas o desassossego
de Jerónimo e a fúria com que ataca Costa e o PS é coerente. Desde sempre, o
Partido Comunista tem atacado mais o PS do que a Direita, quando o PS está no poder
ou perto dele. Será esta a tal política patriótica de esquerda? Se calhar!
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