domingo, 20 de julho de 2014

Para onde caminha a nossa investigação. Até quando?

Já não é surpresa para muitos portugueses, sobretudo para os mais informados, ouvir boas notícias sobre a actividade de muitos dos nossos investigadores científicos – sobretudo das áreas da Biologia e Bioquímica, Medicina, Física e Electrónica – quer dos que investigam em Portugal, normalmente em institutos ligados às universidades, quer os que investigam no estrangeiro, quase todos, no entanto, formados em Portugal. Muitos deles são laureados com prémios internacionais como reconhecimento do excelente trabalho que desenvolveram.
Ora, o aparecimento de bons investigadores e cientistas em Portugal não foi obra do acaso. Deveu-se sobretudo ao investimento feito nos Governos de António Guterres e de José Sócrates, sob a tutela do Prof. José Mariano Gago – um investigador internacionalmente reputado na área da física – na sua qualidade de ministro da Ciência e Investigação Científica e Ensino Superior. Foi notável o desenvolvimento, quer da Investigação Científica, quer do Ensino Superior nos bons tempos do ministro Mariano Gago.
Infelizmente, o que já não surpreende, com este desgraçado governo que nos empobrece, quer o Ensino Superior, quer a Investigação Científica, têm regredido. E todos os dias ouvimos notícias das queixas das nossas Universidades e dos nossos Institutos de Investigação do abandono para que foram atirados, e das manifestações de descontentamento dos nossos jovens investigadores que se sentem obrigados a emigrar porque não têm possibilidades de exercerem a sua actividade no país onde nasceram, onde se formaram e onde têm a sua família.
E, pior, revoltados porque enquanto o Governo lhes fecha as portas, vai injectando milhares de milhões de euros nos bancos, quase todos arruinados em consequência das más gestões (só más, ou criminosas?) dos banqueiros, os quais depois de afastados (com pedido de desculpas, não? Sei lá!) ficam a auferir reformas de dezenas de milhares de euros!  
Cavaco deu cabo de sectores produtivos na agricultura, nas pescas e até em alguma indústria; este governo, seu afilhado, está a dar cabo das nossas capacidades intelectuais e dos nossos saberes.
Até quando? Até que o Povo se revolte!
Ou, pressinto eu: Até que o PS (militantes e simpatizantes) escolha um novo líder. Oxalá!  

     

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